Desde as civilizações antigas, o homem sempre se reuniu em eventos sociais para a troca de suprimentos e mantimentos. As pessoas negociavam e trocavam o que necessitavam!
Aos poucos, e por praticidade, alimentos eram trocados por produtos menos perecíveis como conchas, sal, ouro e prata, que, devido a sua escassez tinham um valor estável permitindo a substituição temporária por outros produtos. Assim nasceu a ideia da moeda de troca!
Arqueólogos sugerem que moedas já existiam 2.500 a.C.! Elas foram largamente utilizadas pelos romanos. Inclusive a primeira moeda romana se chamava “denário” que deu origem a palavra “dinheiro” e equivalia a um dia de trabalho! Em suas expansões conseguiam transportar e utilizar esses bens por todo o seu domínio. Porém com a queda do Império Romano por volta de 476 d.C. suas moedas perderam totalmente seu valor e sua utilidade.
Na Idade Média que se seguiu, a terra passou a ser a coisa mais valiosa, e as populares feiras medievais não precisavam de moedas pois voltaram a ser novamente um ambiente dedicado a troca de produtos.
Aliás a palavra “feira” vem do latim “feria” que significa “dia santo”, ou para nós “dia de descanso” pois eles usavam esses dias sem trabalho para efetuar as suas trocas: dias de “feira”!
Mil anos se seguiram e com o declínio do sistema feudal, com o descobrimento de novas rotas marítimas trazendo as cobiçadas especiarias orientais, nasce uma nova burguesia precisando dar um destino a sua produção pois houve um êxodo populacional para os novos centros urbanos.
Assim surge o Renascimento Comercial com a necessidade de trocas comerciais mais eficazes, novas moedas são reintroduzidas e as cidades (burgos) se tornam o palco das novas “feiras livres”.
A Revolução Industrial, final do século XVII e início do século XIX, é marcada pela substituição do trabalho artesanal pelo trabalho assalariado com a introdução do uso de máquinas.
Assim, inovações se tornam cada vez mais aspiradas e a demanda por novas técnicas faz, em 1851, inaugurar em Londres a primeira “Exposição Mundial”, promovida pelo Príncipe Albert, marido da Rainha Victória. A “Grande Exposição” ou a “Exposição Universal” como também era chamada, não só impulsionava a indústria como também promovia enormes desenvolvimentos na arte, educação, design, comércio, turismo com grandes retornos nas relações comerciais.
Aqui no Brasil pequenas exposições aconteciam em âmbito estadual, porém em 1861, uma exposição com o intuito científico de explorar produtos industriais e naturais provindos de províncias do norte do país obteve inesperado sucesso. Surge então no mesmo ano de forma mais organizada a “Primeira Exposição Nacional Industrial”, sediada na então na antiga Escola Politécnica no Rio de Janeiro.
Já a primeira participação do Brasil em uma exposição mundial aconteceu no ano seguinte, em 1862 quando o então Imperador D. Pedro II envia a Londres uma comitiva na intenção de impulsionar negócios relacionados a extração de minérios.
Em São Paulo a primeira “Exposição Industrial” aconteceu em 1917, no Palácio das Indústrias, espaço reservado a exposições industriais, agrícolas e comerciais. Na época a cidade tinha apenas cerca de 100mil habitantes!
A História nos mostra o nascimento, a dinâmica e a evolução desse mercado de feiras e exposições onde produtos e serviços precisam ser expostos e apresentados a um público interessado. Esse é o nosso meio!